As relações comerciais entre os países da lusofonia geraram nos últimos cinco anos mais de três mil milhões de euros. O presidente da Comissão Executiva da Confederação Empresarial da Lusofonia, Salimo Abdula, reconheceu, no entanto, persistirem desafios para impulsionar cada vez mais o comércio na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Ragendra de Sousa, presente à abertura lançamento da primeira conferência económica do mercado da CPLP, em Maputo, defendeu, que a língua portuguesa, comum aos nove países da comunidade, é um capital muito importante para alavancar as economias dos países da CPLP, informa a Rádio Moçambique.

“Se nós e Angola fizermos mais barulho na SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), em português, vão nos ouvir, porque todos os vizinhos falam inglês. Só estou a pegar no factor língua. Outro elemento importante é que as nossas empresas, no geral, estão todas elas na fase de crescimento. Acho que o Brasil é a primeira a ter multinacionais, ainda pequenas. Portugal também já tem algumas, mas quem nos diz se daqui a trinta anos não teremos [multinacionais], porque, afinal, temos gás, afinal temos petróleo e Timor-Leste também tem petróleo. Por que não esta associação,por que não criar uma empresa própria para estar num mundo global de forma diferente? ”, questionou Ragendra de Sousa, no lançamento da primeira conferência económica do mercado da CPLP.

Fonte: África 21 digital