Os governos português e britânico estão a negociar corredores turísticos, semelhantes aos que foram criados nos Balcãs, entre a Estónia, a Letónia e a Lituânia, no início de Maio, para países com taxas de infecção baixas, como Portugal, Grécia, Austrália e Nova Zelândia, revela o “Jornal de Notícias” (JN).

O “JN”, que cita a imprensa britânica, lembra que o executivo de Boris Johnson anunciou ontem a imposição de duas semanas de quarentena a todos os visitantes que chegarem ao Reino Unido a partir de 8 de Julho.

Em declarações ao “JN”, fonte do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que «dados os relevantes interesses recíprocos, o MNE está convicto de que será possível acordar uma solução que assegure esses interesses, tendo designadamente em vista o próximo período estival».

O jornal assinala que o mercado inglês representa cerca de uma em cada cinco dormidas na hotelaria nacional. No Algarve e na Madeira são responsáveis por um terço do negócio hoteleiro.

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde britânico, o Reino Unido contabiliza 36.393 vítimas mortais e 254.195  casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

Por sua vez, Portugal regista já 1.289 óbitos associados à Covid-19 em 30.200 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde.

O país entrou no dia 3 de Maio em situação de calamidade devido à pandemia de Covid-19, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março. Esta nova fase prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância activa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias “France-Presse”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 335 mil mortos e infectou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.