O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro classificou os Encontros de Investidores da Diáspora promovidos na atual legislatura, como uma “aposta ganha” e como uma demonstração cabal da força da diáspora portuguesa e da sua importância para a inserção de Portugal no mundo global.

O governante falava a 15 de dezembro, no encerramento do III Encontro, que foi organizado pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, através do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora e pela Comunidades Intermunicipal do Tâmega e Sousa, com o apoio da Câmara Municipal de Penafiel.

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O evento decorreu entre 13 e 15 de dezembro, no Pavilhão de Feiras e Exposições de Penafiel e mobilizou cerca de 700 participantes, entre os quais muitos empresários da diáspora, provenientes vindos de 35 países.

“Estes eventos permitem pôr em contacto empreendedores do foro económico, associativo, cultural e científico das comunidades portuguesas com aqueles que estão nas diferentes regiões do nosso país. Procurámos também mostrar as oportunidades e as condições de investimento em Portugal, mas também criar redes de contactos entre empresários que têm a sua base nas respetivas regiões onde se realizam esses encontros como forma de apoio à internacionalização dos investimentos das micro, pequenas e médias empresas de todo o país”, contextualizou José Luís Carneiro, que enalteceu todo o apoio e acompanhamento que a iniciativa tem merecido por parte do Ministro dos Negócios Estrangeiros, do Secretário de Estado da Internacionalização e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

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A sessão de encerramento contou igualmente com um discurso do presidente do Conselho Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Armando Mourisco, que agradeceu a confiança do Governo na capacidade da região em acolher a iniciativa. “Foi um excelente trabalho conjunto, que se constituiu como um momento marcante para o nosso território”, referiu, acrescentando o contacto com investidores da diáspora é especialmente pertinente num momento em que se abrem quadros futuros de investimento no território, nomeadamente no contexto da programação dos fundos comunitários.

DEBATE ALARGADO

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O evento contou com a presença de diversos membros do Governo e de representantes de entidades públicas, de âmbito nacional e regional, incluindo dos Açores e da Madeira, associações de várias áreas do desenvolvimento e entidades empresariais relacionadas com os fundos comunitários, os mecanismos de incentivo ao investimento, o emprego, o ensino superior, o desenvolvimento e coesão, a autoridade tributária ou o ensino da língua no estrangeiro.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva participou na sessão de abertura e vincou a centralidade das Comunidades Portuguesas na política externa de Portugal, referindo que os portugueses no Mundo são um importante fator de integração global de Portugal e prestigiam o país nas sociedades de acolhimento. Referiu, nesse contexto, que deve existir um trabalho “em rede”, entre governo, rede diplomática e consular, autarquias e outras entidades, para que o país possa manter uma “relação viva e próxima” com a diáspora.

No decurso do evento foi também apresentada pelo Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira a “Linha Regressar Venezuela”. Este canal de financiamento, criado pelo Governo em conjunto com entidades públicas e bancárias, tem uma dotação total de 50 milhões de euros, destina-se a Pequenas e Médias Empresas e visa financiar a criação de projetos empresariais por parte de cidadãos portugueses e luso venezuelanos que desejem investir em Portugal.

ESPAÇO DE NETWORKING E APRESENTAÇÃO DE NOVOS NEGÓCIOS

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A edição deste ano do Encontro dos Investidores da Diáspora apresentou o cartaz mais diversificado desde que a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas tomou a iniciativa da realização deste evento, estreado em 2016.Os diferentes painéis, que decorreram durante os três dias do Encontro, foram batizados com verbos que identificam os principais objetivos deste evento: informar, divulgar, formar, inovar e promover. Entre os oradores constaram personalidades que lideram entidades que assumem papéis relevantes na economia nacional, como o AICEP, a APICCAPS (setor do calçado), a ATP (têxtil e vestuário) ou a APIMA (indústrias de mobiliário).

À Diáspora Lusa coube a honra de moderar, através do CEO Raul Marques,  um espaço reservado à intervenção de empresários com apresentações de projetos e de propostas; de empresas e serviços; de casos e exemplos de investimentos locais e regionais. Esta tarefa foi partilhada no palco com Carlos Pereira, Diretor do Lusojornal.