Caras e caros amigos,

Este ano, vivemos uma época da Páscoa em circunstâncias muito diferentes do habitual e com um impacto particular entre os nossos emigrantes.

Muitos, passando o ano fora de Portugal, têm nesta quadra um dos períodos de regresso ao nosso país. Um momento de festa para matar saudades da terra e para ver família e amigos.

Este ano, no entanto, somos todos chamados a desempenhar um papel importante: evitar a propagação da pandemia Covid-19.

Por essa razão, esta terá que ser uma Páscoa diferente, sem a proximidade física de outros anos. Esta distância é, no entanto, um gesto de amor para proteger aqueles de quem mais gostamos.

Os emigrantes portugueses conhecem bem o significado da palavra sacrifício. Fazem-no diariamente pelos seus, vivendo e trabalhando longe do seu país.

Este esforço adicional, sabemos bem, é compreendido e aceite pela esmagadora maioria, mas é fundamental que TODOS cumpramos.

É importante que não pensemos que uma pessoa não faz a diferença, porque pode fazer. Tanto para o melhor, ficando em casa, como para o pior, arriscando uma vinda a Portugal.

Não nos podemos esquecer que muitas das nossas vilas e aldeias têm uma população envelhecida, especialmente vulnerável. É responsabilidade de todos nós protege-los, principalmente quando são os nossos pais ou os nossos avós os primeiros a insistir que os visitemos.

Felizmente, o tempo em que vivemos também já nos permite algumas alternativas para matar um pouco as saudades. Em vez de um abraço, teremos que recorrer a um telefonema ou a uma videochamada aos nossos familiares ou amigos queridos.

Sabemos que as restrições na vinda a Portugal não são a única dificuldade desta crise.

Neste tempo de desafio para todos, tanto no plano pessoal, profissional como muitas vezes económico, quero que saibam que estamos atentos e a acompanhar a situação das nossas comunidades através dos nossos consulados e embaixadas.

A nossa rede diplomática e consular recebeu orientações claras do Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros para acompanhar de perto a situação das nossas comunidades neste período de crise e não deixaremos de tomar as medidas necessárias para apoiar aqueles que mais necessitam.

Mesmo à distância estamos próximos. O nosso coração está com todos os portugueses e portuguesas espalhados pelo mundo.

Boa Páscoa e, certamente, muito em breve vamos poder estar todos juntos.