A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, revelou que o Norte e o Centro são as regiões de Portugal que têm o maior número de potenciais investidores da diáspora no setor do turismo.


Na sua intervenção no ‘webinar’ intitulado “Wellnessbinar”, sobre a apresentação da nova marca Termas Porto e Norte de Portugal, Berta Nunes referiu que “o turismo é um investimento muito procurado nas nossas comunidades [portuguesas] e em particular a região Norte e a região Centro são as regiões que têm o maior número de potenciais investidores da diáspora”.

Os países de onde há mais potenciais investidores são “França, Reino Unido, Suíça, EUA, Luxemburgo”, ou seja os países onde Portugal tem as maiores comunidades de emigrantes portugueses.

Berta Nunes recordou, na sessão, que foi criado um gabinete especial para o “investidor da diáspora” e foi criado também o “estatuto de investidor da diáspora”.

“Estamos a trabalhar para que, ao nível dos fundos europeus, o investidor tenha uma majoração, ou linhas dedicadas. E estamos a trabalhar nisso em colaboração com a Secretaria de Estado de Valorização do Interior e do Ministério da Coesão Territorial”, explicou.

Dados mais recentes indicam que houve “160 estatutos de investidores da diáspora atribuídos” e “72 empresários investidores da diáspora que pediram apoio ao investidor da diáspora” e que desses 72, há 38% de projetos na área do turismo”.

O programa nacional de atração de investimento da diáspora foi aprovado em agosto de 2020 pelo Conselho de Ministros e que tem várias medidas transversais aos ministérios para apoiarem o investimento da diáspora portuguesa.

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas lembrou que os lusodescendentes já contribuíram de várias formas para aumentar o turismo em Portugal, mas refere que esse fenómeno precisa de ser “melhor conhecido” e “quantificado”.

Segundo a secretária de Estado, verifica-se que há uma “correlação entre o número de turistas que vêm de vários países” e a “existência de comunidades portuguesas fortes” nesses países.

“Seria importante ter uma quantificação mais fina do número de portugueses e lusodescendentes que vem a Portugal ao longo do ano, porque hoje em dia não podemos falar só do meu querido mês de agosto e das festas nas aldeias e na vinda de emigrantes e seus familiares nessa altura” sublinha Berta Nunes.

“Na verdade o que percebemos é que essas visitas acontecem também no Natal, Páscoa ou até num fim de semana para ver um concerto” acrescentou a Secretária de Estado das Comunidades