Batizado com o nome de Sea Floor Topography Ranging Technique (SeaRangTech), o projeto “inclui um protótipo de vídeo monitorização costeira de relativo baixo custo, quando comparado com soluções comerciais, integralmente montado na UA”. Este sistema, explica Paulo Baptista, coordenador do SeaRangTech e investigador do CESAM, “visa a obtenção de dados relativos a morfologia da praia e da hidrodinâmica da zona de rebentação e de espraio da onda, com elevada resolução temporal através da aquisição de informação quase continua no tempo, num domínio de praia com várias centenas de metros de extensão”.
Estes dados que o SeaRangTech se propõe recolher, assegura Paulo Baptista, “são relevantes para a previsão a curta escala temporal (três dias) de potenciais ataques ao cordão dunar frontal, sua erosão e galgamento e eventuais inundações de zonas internas em sequência a temporais e/ou marés vivas”. A escolha da Praia de Mira para receber o projeto-piloto deveu-se ao facto de o Bairro dos Pescadores ter um “grande potencial de risco”, uma vez que algumas zonas se situam abaixo do nível do mar. Um dos resultados práticos do projeto será sentido já durante a próxima época balnear através da “despistagem” em tempo real dos agueiros, correntes de retorno que põem em causa a segurança dos banhistas.
Diariamente, aponta o investigador, “será comunicado às autoridades, nomeadamente aos nadadores salvadores, a existência de agueiros na praia”. Uma informação que poderá ser consultado pelo público em geral através de uma aplicação para telemóveis que está a ser desenvolvida pela UA.
FONTE: portal Universidade de Aveiro
Diáspora Lusa-Laços Com Valor
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