Natural de Leiria, Gonçalo Nuno Bértolo Gordalina Lopes integra o Executivo desde 2009, tendo, como vereador, assumido várias pastas, em áreas como a Educação, Desporto, Desenvolvimento Económico e Cultura.
É, desde 26 de agosto de 2019, presidente da Câmara Municipal de Leiria, sendo igualmente presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria Em entrevista à Diáspora Lusa Magazine, entre outros temas, fala do relacionamento com as pessoas naturais da região a residir no estrangeiro, das oportunidades de investimento para os empresários portugueses na diáspora.
Quais são historicamente os principais destinos da emigração da Região de Leiria?
Historicamente, os principais destinos da emigração da região de Leiria têm sido França, Suíça e Luxemburgo.
Mais recentemente, também se têm verificado fluxos significativos para o Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. O concelho de Leiria está alinhado com estas tendências.
Em que épocas se registaram os principais fluxos migratórios e em que atividades profissionais se fixaram?
Leiria acompanha, nesta matéria, as dinâmicas nacionais, pelo que os principais fluxos migratórios ocorreram nas décadas de 1960 e 1970.
Durante as primeiras vagas, muitos emigrantes fixaram se em setores como a construção civil, indústria manufatureira e serviços domésticos.
Nas últimas décadas, temos assistido a um maior número de emigrantes a trabalhar em setores como a tecnologia, saúde e educação, beneficiando da elevação do patamar de competências da nossa população mais jovem, que encara a emigração com uma perspetiva diferente do que acontecia no passado.
O relacionamento com as pessoas naturais da região a residir no estrangeiro é um objetivo da Autarquia que dirige? De que forma se fomenta esse relacionamento?
Sim, o relacionamento com os leirienses no estrangeiro é um objetivo importante para a nossa autarquia. Entre as iniciativas com esse objetivo, destaco os processos de geminação com municípios estrangeiros, em especial de cidades que acolhem comunidades portuguesas.
“O Município de Leiria tem uma estratégia bem definida para apoiar os portugueses que estão emigrados, aqueles que já regressaram, assim como todos os cidadãos que pretendam iniciar um processo migratório”
20.ª edição do Festival da Gastronomia Portuguesa, que decorreu em março, na cidade de Valenton, região de Paris, França, onde promovemos a gastronomia do concelho, nomeadamente as Brisas do Liz, o Leitão Boa Vista e a Morcela de Arroz.
O Verão e o Natal, enquanto estações do ano preferenciais para o regresso para férias por parte dos Portugueses na Diáspora, são encarados como uma oportunidade para aumentar a proximidade com estas comunidades? Que iniciativas dirigidas a este público-alvo são desenvolvidas durante estes períodos?
Certamente. Tanto no Verão como no Natal, organizamos uma série de eventos culturais e sociais destinados a acolher os nossos emigrantes. Temos festivais, concertos, feiras e encontros que promovem a convivência e o reforço dos laços com a terra natal.
No Natal promovemos o Leiria Natal, um evento que atrai milhares de pessoas da região e também do estrangeiro, enquanto no Verão apostamos num forte programa de animação da Praia do Pedrógão, com eventos com o Festival da Sardinha e o Carnaval de Verão.
