O número de pessoas de origem portuguesa a residir nos Estados Unidos aumentou quase 3,5%, passando de 1.405.909, nas estimativas de 2010, para 1.454.262 nos primeiros dados oficiais, relativos ao Censo de 2020.
O PALCUS Index National Survey, anunciado na passada quinta-feira, revelou que o número de pessoas de origem portuguesa a residir nos EUA aumento cerca de 3,5% em 2020 face a 2010. Esta análise garante assim que a origem portuguesa, é a 13ª mais registada no país, ficando à frente de origens como suíça, britânica, grega ou dinamarquesa.
Os números anteriores da população portuguesa nos Estados Unidos advinham de estimativas oferecidas pelo American Community Survey (ACS) e vinham demonstrando um declínio, mais exatamente de 4,2% de 2010 para 2019.
Já a análise realizada pelo PALCUS, demonstra que a comunidade não só aumentou, como também se começa a dispersar para outros estados, não só permanece nos estados tradicionais da colonização portuguesa. Os números têm aumentado em estados como, Pensilvânia, Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Virgínia, Texas e Washington.
Para a presidente do PALCUS, a inversão desta tendência reflete os resultados do trabalho de incentivo feito pela organização. “O aumento da população portuguesa revelado nos dados do Censo 2020 demonstra que a nossa campanha nacional, Make Portuguese Count, liderada pela anterior diretora Marie Fraley, foi eficaz ao informar a comunidade luso-americana sobre a importância de se autoidentificarem como portugueses”, afirmou Katherine Soares.
Apesar de ter havido um maior número de pessoas a identificar-se como português, existe ainda de acordo com a análise, uma preocupação por parte dos luso-americanos de manterem uma maior ligação com o seu país de origem, uma vez que o PALCUS revela que “quase 72% dos entrevistados não tinham conhecimento da oportunidade de realizar o ensino superior em Portugal”, e também que “apenas 4% dos luso-americanos participaram nas eleições portuguesas”.
E por isso mesmo, o estudo destaca uma necessária “melhoria nos serviços consulares portugueses nos EUA” e o constante “esforço para disponibilizar aulas de língua portuguesa em diversas áreas dos EUA”, o que poderá contribuir ainda mais “para a integração desta comunidade na sociedade americana, a nível cultural, socioeconómico e político”.
Fontes: PALCUS Index National Survey, Jornal de Notícias