“Espero que me seja concedido tempo para oferecer muita felicidade a todas as pessoas através da música”. Este foi um dos desejos que André Rieu manifestou ontem no Altice Arena de Lisboa. E, a perceber-se pela reação do público que praticamente lotou aquela que é considerada a maior sala de espetáculos de Portugal, felicidade não faltou em mais um grande concerto a que o maestro e a sua Orquestra já habituaram os seus seguidores.

O relógio rondava as 15:30h quando, de repente, surge do lado oposto ao palco da Altice Arena um cortejo de músicos a antever aquilo que seria o extraordinário espetáculo que todos estavam prestes a assistir. André Rieu e a Johann Strauss Orchestra davam alegremente as boas vindas a todos aqueles que, de norte a sul do país, quiseram marcar presença para testemunhar e desfrutar de mais um Concerto deste Ilustre e mundialmente reconhecido maestro.

Com a ajuda de Vanessa Oliveira, que fez de interprete, André Rieu começou por virar os holofotes para os elementos da Johann Strauss Orchestra “Somos provenientes de várias partes do mundo, com pessoas de 13 nacionalidades na minha orquestra“, refere o Maestro para acrescentar que “os solistas desta tarde vieram dos quatro cantos do mundo: Tasmânia, Hungria, Bélgica, Alemanha, Inglaterra e da América. E da Holanda, também“.

Holanda que é precisamente o pais natal de André Rieu como o mesmo fez questão de sublinhar. Mas, para ele, ontem Portugal foi mesmo o centro do universo.

Musicas para todos os gostos

Naquele que foi o seu primeiro concerto da próxima tournée mundial, André Rieu apresentou um alinhamento para todos os gostos enquadrado numa cenografia que enriqueceu ainda mais o palco e o espetáculo

Do repertório apresentado até “A Loja do Mestre André” mereceu destaque. Outro dos momentos altos do concerto foi a intepretação da música original brasileira “Ai Se Eu Te Pego”, cantada pelas vozes femininas que, deslumbrantemente vestidas, provaram que a ópera casa bem com outros estilos musicais.

O alinhamento contou com bandas sonoras de alguns filmes, árias entre outros géneros musicais que fizeram com que o público se mantivesse em pé durante vários temas ao longo das cerca de 3 horas de concerto.

Num espetáculo destes, a valsa não poderia deixar de marcar presença. E foi ao som de diversos clássicos que os casais se começaram a levantar das cadeiras para encher os corredores do Altice Arena e dançar ao som dos temas brilhantemente interpretados pelos artistas num espetáculo digno de ficar na memória de muitos.

E nem a neve artificial e os balões faltaram à diversão. No final do espetáculo ainda era possível ver muitos espetadores cobertos de branco, pela neve que caiu num dos temas de André Rieu, ouvindo-se igualmente o rebentar dos balões como que a simbolizar o som da imensa alegria que todos os que se deslocaram a Lisboa no primeiro dia de dezembro levaram para casa.

Recorde-se que André Rieu, o Maestro que escolhe os seus músicos com o coração como o mesmo fez questão de sublinhar, voltará à Altice Arena nos dias 2, 3 e 4 de dezembro de 2021, espetáculos promovidos pela Ritmos e Blues

Lisboa, recordista de venda de bilhetes

Em 2019, cerca de 160.000 pessoas esgotaram 13 concertos na Altice Arena. Este número faz de Lisboa a cidade europeia recordista de vendas de bilhetes de André Rieu.

A capital de Portugal tornou-se uma cidade muito especial para o maestro. “2019 foi um ano muito especial para mim, porque em 2019 começou a minha fantástica história de amor com o público português. Estou incrivelmente grato pela vossa paixão, carinho e bons momentos que vivemos juntos noite após noite. Já estou ansioso por regressar em 2020 para fazer destes nossos Concertos de Natal uma tradição. Não conheço num local mais fantástico para viver esta época tão bonita do ano do que em Portugal” afirma André Rieu.

Com mais de 500 Platinum Awards, três Classical Brit Awards para “Álbum do Ano” e biliões de seguidores no Youtube, André Rieu é um dos maiores artistas em tour no mundo. Com a sua Johann Strauss Orchestra, composta por cerca de 60 pessoas – a maior orquestra privada do mundo – criaram um movimento de revivalismo da valsa, apresentando espetaculares e inigualáveis extravagâncias musicais num concerto único.