Este ano entraram no ensino superior em Portugal 664 emigrantes e seus familiares ao abrigo do contingente de sete por cento do total de vagas reservado para este grupo específico.
Um número que representa quase mais 60 por cento do que o registado no ano anterior, quando entraram 416 alunos. A revelação foi feita ao programa “Decisão Nacional” da RTP Internacional, pelo secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que admitiu ter ficado surpreendido com o crescimento verificado “tendo em conta a crise pandémica”.
Em média, o contingente reservado aos emigrantes e seus familiares tem vindo a crescer cerca de 40 por cento ao ano.
França continua a ser o país com mais alunos portugueses a entrarem no superior em Portugal mas este ano o Brasil subiu também para o primeiro lugar, a par com a França. Segue-se depois na Europa, o Luxemburgo e a Suíça e, fora da Europa, Angola, São Tomé e Estados Unidos.
João Sobrinho Teixeira atribui este aumento a vários fatores entre os quais a imagem positiva que Portugal tem dado no combate à crise pandémica.
Acrescem as alterações legislativas que permitiram aos alunos portugueses e luso descendentes provenientes do ensino profissional e vocacional aceder ao ensino superior e ainda a eliminação da necessidade de o aluno obter o certificado de habilitações do pai ou do avó junto do liceu frequentado por eles em Portugal. Esse certificado passa agora a ser requerido junto dos serviços consulares no país de residência.
Fonte: RTP.PT