PROGRAMA DE AÇÃO CULTURAL EXTERNA VISA ARTICULAR ENTIDADES PARA MELHORAR A IMAGEM EXTERNA DO PAÍS

O Governo aprovou um conjunto de orientações para melhor articular a política de internacionalização da cultura e do ensino superior, ciência e tecnologia com as demais políticas públicas de promoção externa de Portugal.

«Este é um documento muito importante porque procura dar coerência à ação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, como responsável da política europeia e da política externa do Governo, e à ação de vários Ministérios, neste caso, da Cultura e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior», afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Estas declarações foram feitas na conferência de imprensa, após reunião do Conselho de Ministros, onde estiveram também presentes os Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes.

Santos Silva referiu que é necessário «termos todos a consciência de que estas são áreas muito importantes para Portugal, que devem ser promovidas por quem tem competência para divulgar a imagem externa do País».

E exemplificou com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o Turismo de Portugal ou o Instituto Camões».

«É ainda preciso articular melhor os organismos que, nos diferentes Ministérios, atuam de forma convergente nestas áreas: a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Direção-Geral do Ensino Superior, no caso do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ou do Instituto Camões, da AICEP e da rede diplomática portuguesa, no caso do Ministério dos Negócios Estrangeiros», acrescentou.

Instrumentos

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, referiu os instrumentos utilizados neste Programa na sua área:

  • Valorização da internacionalização do ensino superior e da investigação científica e tecnológica em Portugal;
  • Valorização da ciência e do ensino superior na cooperação com países terceiros;
  • Valorização da cooperação internacional em ciência e tecnologia;
  • Valorização do relacionamento com as comunidades académicas e científicas portuguesas residentes no estrangeiro;
  • Promoção da diplomacia científica.

Objetivos

No mesmo sentido, também o Ministro da Cultura afirmou que «esta resolução constitui um passo muito importante na articulação da ação cultural externa do Estado».

Luís Filipe de Castro Mendes referiu os principais objetivos a atingir com o programa de ação cultural externa:

  • Valorizar autores e artistas e divulga-los no estrangeiro;
  • Imprimir um carácter transversal à política cultural externa;
  • Divulgar o património material e imaterial como componente muito relevante da identidade cultural e social do País.

«A RTP terá missões a definir na área cultural e todas as iniciativas na área da economia e do turismo passarão também a ser culturais», concluiu Luís Filipe de Castro Mendes.

Fonte: Portal do Ministério dos Negócios Estrangeiros

COMUNICADO DO CONSELHO DE MINISTROS DE 20 DE OUTUBRO DE 2016