Os emigrantes portugueses no estrangeiro enviaram, em 2020, remessas totais no valor de 3612,9 milhões de euros, menos 1,3% do que no ano anterior. Pela primeira, as remessas enviadas pelos emigrantes na Suíça ultrapassou, mesmo que ligeiramente, as remetidas a partir de França.


A notícia é avançada pelo jornal Público, que cita dados do Banco de Portugal, segundo os quais as remessas da Suíça cresceram 4,9% em 2020, totalizando 1037 milhões de euros. Já o dinheiro proveniente de França caiu 5,2% para 1036,6 milhões.

Juntas, Suíça e França pesam 57% no total das remessas de emigrantes recebidas.

Em França há mais de 600 mil emigrantes portugueses, na Suíça são cerca de 214 mil. Para Inês Vidigal, do Observatório da Emigração, uma das principais explicações para a liderança da Suíça nas remessas prende-se com o regresso de emigrantes a Portugal, muitos em idade de reforma, e que trazem consigo as suas poupanças.

Em terceiro lugar está o Reino Unido, de onde vieram 379 milhões de euros em 2020, um aumento de 5,5% em termos homólogos.

A quebra de 2020 interrompe um ciclo de subidas que durava há uma década. Mesmo assim, os 3612,9 milhões enviados para Portugal pelos emigrantes representa o terceiro maior valor de sempre, depois dos 3662,1 milhões de 2019 e os 3736,8 milhões em 2001.

Em sentido contrário vão as remessas dos imigrantes estrangeiros em Portugal que, em 2020, cresceram 1,6% para 486,2 milhões de euros. Brasil e China são os maiores destinos destas verbas.

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