O valor total das remessas de emigrantes em 2021 foi de 3.677,76 milhões de euros, o mais alto das últimas duas décadas e que representa 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) português.

Citando dados do Banco de Portugal, o relatório elaborado pelo Observatório da Emigração, um centro de investigação do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, identifica um aumento de 1,8% do valor das remessas, em relação a 2020.

A Suíça e a França continuam a ocupar as duas posições cimeiras entre os países com o valor mais elevado de remessas, sendo que “mais de metade das remessas recebidas” é proveniente destes dois países: 1.051,26 milhões de euros e 1.023,45 milhões de euros, respetivamente.

O documento identifica os países com o maior volume de transferências para Portugal, como o Reino Unido (429,38 milhões de euros), Angola (251,82 milhões), Estados Unidos da América (250,54 milhões), Alemanha (223,44 milhões), Espanha (124,44 milhões), Luxemburgo (71,85 milhões), Bélgica (58,05 milhões) e Países Baixos (44,56 milhões).

Em 2021, registou-se um aumento de 64,9 milhões de euros no valor das remessas recebidas, o que corresponde a um aumento de 1,8% em relação a 2020.

Ainda em comparação com 2020, e tendo por base a análise dos 10 países com maior volume de remessas em 2021, o relatório refere uma variação positiva em seis: Reino Unido (13,19%), Espanha (11,33%), Angola (2,56%), Estados Unidos (2,37%), Suíça (1,37%) e Países Baixos (0,20%).

Registou-se uma variação negativa nos restantes quatro países das 10 principais fontes de remessas: Luxemburgo (menos 8,35%), Bélgica (menos 1,44%), França (menos 1,27%) e Alemanha (menos 1,08%).

O Relatório da Emigração 2021 será apresentado esta quarta-feira no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.