A população emigrante tem uma preponderância de jovens ativos e qualificados, “o que agrava o Inferno Demográfico” do país e a falta mão de obra na economia, observa a Associação empresarial BRP citada pela FORBES

Segundo o Observatório da Emigração, o número de emigrantes portugueses regressou a níveis elevados muito mais próximos dos verificados nos períodos pré-pandemia. Saíram do país mais 60.000 pessoas. Em 2019 foram 80.000. Nos últimos dez anos a média foi de 90 mil pessoas por ano.

“Estes números refletem provavelmente apenas uma parte do número de portugueses que ficou indisponível para o mercado de trabalho português pois já não é preciso emigrar para sair de Portugal – a aceitação e adoção mais generalizada do trabalho remoto estará a mascarar as estatísticas de emigração”, comenta a Associação Business Roundtable Portugal (Associação BRP), a qual é composta por 42 líderes de empresas e grupos empresariais que integra diferentes setores de atividade económica.

A Associação BRP mostra-se preocupada com a evolução dos níveis de emigração e com as suas consequências na sociedade, na economia e no país, até porque “a população emigrante apresenta uma forte preponderância de jovens em idade ativa, o que agrava o Inferno Demográfico que o nosso país vive e a falta mão de obra que é transversal à economia”.

A Associação BRP observa ainda com preocupação que “a emigração qualificada tem aumentado a um ritmo maior do que a pouco qualificada, diminuindo a disponibilidade de jovens talentos com competências superiores e desperdiçando o enorme investimento do país na sua educação”.

Ler artigo completo AQUI