Évora será Capital Europeia da Cultura em 2027, juntamente com Liepaja, na Letónia, foi hoje anunciado, numa conferência de imprensa em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB). Évora foi a escolhida de um lote de quatro finalistas, do qual também faziam parte Aveiro, Braga e Ponta Delgada. O anúncio foi feito pela presidente do júri internacional, Beatriz Garcia.

“As capitais europeias da cultura proporcionam aos nossos cidadãos o ensejo de se encontrarem e descobrirem a diversidade cultural que torna o nosso continente tão rico e único. Bem como ter um novo olhar sobre a nossa história e os nossos valores comuns. Desta forma, esperamos que promovam a compreensão mútua, o diálogo intercultural entre as pessoas e aumentem o seu sentimento de pertença a uma comunidade. Esta é a razão de ser das capitais europeias da cultura”, declarou a representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Moreira de Sousa.

“A contribuição para uma estratégia de longo prazo, que demonstrasse capacidade para transformar a cidade para melhor e tendo em conta o balanço entre aspetos culturais, locais e económicos foi fundamental para se chegar à cidade vencedora”, disse Beatriz Garcia, presidente do júri internacional, antes de anunciar Évora como a cidade vencedora a Capital Europeia da Cultura 2027.

“Propusemos um conceito de ‘vagar’ para a Europa porque entendemos que a Europa precisa desse ‘vagar’ (…), que está radicado na identidade cultural alentejana e que é fundamental para o país e para a Europa. Precisamos de mudar, para melhor, e nós queremos contribuir para esse caminho. O país e o Alentejo precisa deste ‘vagar’ para repensar o caminho (…), disse um representante da cidade de Évora.

Évora receberá uma dotação financeira de 29 milhões de euros oriundos de fundos nacionais e europeus, como foi revelado em outubro pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Portugal passará a ter, a partir de 2024, anualmente, uma Capital Portuguesa da Cultura, cujas três primeiras já estão escolhidas – Aveiro, Braga e Ponta Delgada -, anunciou hoje o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

“Respondendo a um apelo, que me foi feito pelos quatro autarcas [das cidades finalistas da escolha portuguesa para Capital Europeia da Cultura 2027], criaremos a figura da Capital Portuguesa da Cultura, que nas três primeiras edições – 2024, 2025 e 2026 – serão as três cidades que não foram escolhidas hoje”, afirmou Pedro Adão e Silva, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, na conferência de imprensa do anúncio da cidade vencedora.

Segundo o ministro, o Governo, “numa colaboração [do ministério da Cultura] com os ministérios da Economia e da Coesão Territorial, apoia com dois milhões de euros o programa da capital Portuguesa da Cultura, [apoio] que se repetirá por três anos”.

Esta decisão é, de acordo com Pedro Adão e Silva, “um reconhecimento merecido do trabalho feito, mas também uma aposta no futuro”.