Desde 2013, durante a crise financeira, que o número de pessoas que todos os anos deixa o país tem vindo a diminuir, progressivamente. Já em 2022, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma que a tendência se inverteu. E os imigrantes são mais.

Nove anos depois, em 2022 30.954 pessoas deixaram o país e mudaram-se para o estrangeiro com a intenção de aí residirem por um período superior a um ano, são estes os emigrantes permanentes, como os denomina o Instituto Nacional de Estatística, e desde 2013 que este número não registava uma subida.

O ano em que mais gente saiu do país foi 2013, quando 53.786 portugueses se mudaram para o estrangeiro, o número manteve-se ainda bastante alto até ao ano de 2015, ficando sempre acima dos 40 mil, sendo que depois começou a diminuir para menos de metade, 25.079 pessoas em 2021, e no espaço de um ano a tendência volta a inverter-se.

Por outro lado, o número de imigrantes continua também a aumentar, e coloca-se muito acima do número dos que saem do país. Os dados revelados pelo INE demonstram que, em 2022, foram mais 117.843, um aumento de quase 150% desde 2011, o período em análise. E em relação a 2021, este número apresenta um crescimento de 19%.

É então este saldo que contribui para que, a população portuguesa tenha crescido, em 2022, mais 46.249 residentes, para um total estimado de 10.467.366 a 31 de dezembro. Este foi o quarto ano consecutivo em que se verificou um crescimento, e o contributo veio sempre dos imigrantes. Com efeito, da diferença entre os que entram e os que saem, resultou um saldo migratório de 86.889 pessoas.

A zona Norte foi a que mais cresceu, com mais 21.524 residentes, quase metade dos 49.249 contabilizados a mais no total. De seguida apresenta-se a Área Metropolitana de Lisboa, com mais 16.025 pessoas, e também o Alentejo (com mais 1176) e o Algarve (2017) registaram crescimentos significativos.

Fontes: INE, Jornal de Negócios